A Inteligência Artificial e a Comunicação

Teresa Garcia

Teresa Garcia

A Inteligência Artificial e a Comunicação

Não há dúvidas que a Inteligência Artificial (IA) veio para ficar, tal como a Internet no final do século passado. E, enquanto muitos ficaram em negação e relutantes em usá-la, outros arriscaram e ganharam muito com isso.

O mesmo acontece agora com a IA: alguns ainda estão reticentes e, apesar de não existirem certezas sobre para onde ela nos vai levar, é preferível arriscar e tentar aproveitar as suas potencialidades, do que ficar parado a equacionar se nos vai “roubar” o emprego.

Ainda há muita tecnologia a ser desenvolvida, legislações a serem analisadas e regulamentações sobre o uso e os limites da IA. Ainda se discute o que pode ser feito com os dados recolhidos e qual a melhor forma, em termos éticos e legais, de os proteger.

Aprender como tirar o melhor partido da IA é a grande aposta de futuro! É importante não cometer os erros da maioria: copiar e colar o texto reproduzido. Quando falamos em e-commerce, por exemplo, é preciso conhecer bem o público, o mercado e o produto, um pouco da história e das tendências. Não basta pedir ajuda à IA e simplesmente utilizar a informação debitada.

A IA não é uma solução completa e ainda há limitações, obviamente. Ela não tem a capacidade de compreender totalmente o contexto e as emoções envolvidas numa mensagem, sendo necessária a mão humana para garantir um texto eficaz, fidedigno e adequado ao público-alvo.

Pode ser excelente para lidar com dados estruturados e padrões previsíveis, mas tem dificuldade em entender o contexto e a subjetividade presentes na comunicação dita normal. Palavras e frases podem ter significados diferentes com base no contexto em que são aplicadas, o que pode afetar a qualidade do texto gerado.

É possível considerar a IA para criar textos com base em modelos pré-existentes, mas ainda não se consegue desenvolver conteúdo original de forma autónoma, logo a criatividade continua a ser necessária para produzir ideias novas e diferenciadoras.

Apesar destas limitações, a IA continua a evoluir rapidamente e é provável que muitas destas questões sejam resolvidas com o tempo. Embora possa ser uma ferramenta poderosa para nos ajudar, ainda é necessário utilizar o pensamento crítico para produzir conteúdos interessantes e relevantes.

Mas poderá a Inteligência Artificial substituir o ser humano na criação de conteúdo?

Esta é a pergunta do momento e é compreensível a preocupação devido ao grande potencial que tem vindo a ser demonstrado. Contudo, uma máquina nunca poderá ter o livre arbítrio do ser humano, porque ela é programada, precisa de ser supervisionada e fará o que a “mandarem” fazer. De resto, quanto maior o nível de expertise do utilizador, mais difícil será a máquina ultrapassar o Homem.

Embora a tecnologia ajude a automatizar algumas tarefas no processo de produção de conteúdo, como a pesquisa de palavras-chave ou a geração de ideias, a necessidade de escritores humanos para criar textos persuasivos e eficazes ainda é necessária e está longe de deixar de o ser.

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2024-02-23T21:00:15+00:00
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