Eventos: não é preciso “inventar”?

Carlos Furtado

Carlos Furtado

Eventos: não é preciso "inventar"?

Um título com um ponto de interrogação é considerado um erro no jornalismo. No entanto, como este texto não pretende ser uma peça jornalística, mas apenas um desafio para refletirmos, julgo que não serei queimado vivo. A comunicação de uma empresa, de uma instituição ou de uma autarquia é feita de múltiplas maneiras, cada uma delas usada em função do tema, do momento e do público que pretendemos atingir.

As redes sociais vieram ocupar um espaço — demasiado sobreavaliado, diga-se —, sendo hoje uma realidade da qual não podemos fugir. São mal-usadas pela grande maioria das organizações, mas isso fica para outro dia.

Depois, temos a comunicação interna, tantas e tantas vezes descurada. É por dentro que devemos começar a construir reputação. Começa no simples atender de um telefonema e passa por uma série de ferramentas como uma newsletter ou um simples manual de acolhimento. Mas também este tema ficará para outro dia.

Depois, temos a relação com os media — o tal quarto poder. A assessoria de imprensa. Tarefa árdua e que nos leva, empresas de comunicação, a ficar entalados entre os desejos dos clientes que entendem ter a notícia de abertura de telejornais nacionais e internacionais e a decisão final de um editor que se vê constrangido por falta de espaço ou por deficiente perceção da boa nova que lhe fizemos chegar. Mas também este tema ficará para outro dia.

E chegamos então aos eventos — ou “inventos”, como múltiplas vezes ouço —, quantas e quantas vezes subvalorizados pelas organizações. “Sorvedouro de dinheiro e de recursos”, diz o administrador financeiro. “Do melhor para projetar a marca”, defende o diretor de marketing. “É bom para fidelizar clientes”, reforça o diretor comercial.

E é claro que nós, Porto de Ideias, partilhamos a opinião dos 2 últimos protagonistas, sendo que percebemos o financeiro e, por isso, defendemos que não é preciso inventar para fazer um evento memorável e que permita projetar a empresa no top of mind de clientes, parceiros ou colaboradores.

Pode ser simples, curto e eficaz. Como refere uma máxima de outras campanhas, “o tamanho não importa… fundamental é saber usar o que se tem”. E isso é bem verdade, quer estejamos a falar de eventos, assessoria ou redes sociais.

E este trimestre que agora começa vai ser de grande atividade de eventos. Mas a reputação constrói-se ao longo do ano, bem como a motivação dos quadros. Há que começar e esta altura pode ser uma boa oportunidade. Vamos então fazer um “invento”?

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2024-10-04T18:01:50+00:00
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